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DOENÇAS DAS MÃOS

Informações relevantes de patologias comuns do membro superior destinada aos pacientes

Síndrome do Túnel do Carpo

Síndrome do Túnel do Carpo

O que é?

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é uma doença relativamente comum em mulheres acima de 50 anos, causada pela compressão do Nervo Mediano no nível do punho. É considerada a neuropatia compressiva mais comum do membro superior. 

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Sinais e Sintomas:


A queixa mais freqüente é amortecimento ou formigamento na mão, acompanhada ou não de dor, inicialmente durante a noite ou ao amanhecer. Pode evoluir para atrofia dos músculos da região tenar e consequente fraqueza do polegar.

Tratamento:


O tratamento inicial pode ser feito através de medicamentos por via oral e injetáveis ou através de infiltrações no punho.

A cirurgia está indicada quando não há resposta ao tratamento conservador ou quando há atrofia da musculatura tenar, e tem grande chance de bons resultados.
 

O tratamento cirúrgico consiste na abertura do túnel do carpo, reduzindo a pressão do canal e aumentando seu espaço,  que pode ser feito através de diferentes métodos.
 

No nosso serviço usamos a técnica de Mini Open,  que consiste em uma pequena incisão na prega tenar da mão.
 

Esta técnica tem baixos índices de complicações, sendo realizada no centro cirúrgico, porém não tendo necessidade de passar a noite no hospital, salvo complicações.
 

Caso se identifique com os sintomas descritos, procure um cirurgião de mão, devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, em sua cidade.

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Bibliografia:

Rozmaryn LM. Carpal tunnel syndrome: a comprehensive review. Curr Opin Orthop 1997;8:33–43.

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, síndromes compressivas, 2ªedição, 2008

Doença de Dupuytren

Doença de Dupuytren

O que é?

A doença de Dupuytren é uma alteração de causa desconhecida que acomete a fáscia palmar, substituindo-a por tecido colágeno firme, o que leva à formação de cordas com retração dos dedos em flexão.

Apresenta predominância em homens brancos, da quinta à sétima década de vida, principalmente dos descendentes do norte europeu.

Apesar de ser  progressiva, não há como prever quais os casos que terão evolução mais rápida; no entanto, quanto mais tarde se iniciarem os sintomas, mais benigno será o curso da doença.

Sinais e Sintomas:


O quadro mais comum é a contratura em flexão do quarto e quinto dedos da mão.

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Tratamento:


O tratamento cirúrgico está indicado quando ocorre contratura em flexão de um ou mais dedos.

Trabalhos recentes tem mostrado bons resultados com infiltrações de colagenase nos estágios iniciais da doença.

Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Cisto Sinovial

Cisto Sinovial

O que é?

O cisto sinovial é o tumor benigno mais comum da mão e  habitualmente apresenta-se como um pequeno nódulo arrendondado acima das articulações ou tendões, principalmente nas mãos e punhos. São mais prevalentes em mulheres entre a segunda e quarta décadas de vida.

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Sinais e Sintomas:


Costuma apresentar-se como nódulo em dorso da mão ou punho, que pode ser doloroso ou não.

Não tem correlação óbvia com trabalho.

Não é maligno, e não tem relatos na literatura de malignização.

O diagnóstico é feito com a história e ultrassonografia do membro.

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Tratamento:


O tratamento inicial pode ser feito através de orientações ao paciente ou através de punções do cisto.


A ressecção cirúrgica está indicada quando não há resposta ao tratamento conservador

Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Dedo em Gatílho

Dedo em Gatílho

O que é?

Dedo em gatilho é um processo inflamatório da bainha dos tendões flexores dos dedos que causa bloqueio do movimento do dedo acometido. 

O bloqueio do dedo em gatilho ocorre quando a processo inflamatório causa desproporção entre o tendão flexor e o túnel osteofibroso.
 

O dedo em gatilho é mais frequente no sexo feminino, principalmente na mão dominante, sendo também mais comum entre a quinta e a sexta década de vida.
 

O dedo mais acometido é o polegar, seguido do anular, do indicador, do dedo médio e do dedo mínimo, não sendo incomum o acometimento de múltiplos dígitos.

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Sinais e Sintomas:


O diagnóstico do dedo em gatilho é clínico.
 

O  paciente queixa-se de dor em região da metacarpofalangeana, com nódulo doloroso palpável na palma da mão, podendo ter, ou não, bloqueio do tendão.

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Tratamento:


O tratamento inicial consite no uso de antiinflamatórios (AINE), imobilizações e infiltrações locais com antiindamatórios hormonais (corticóides).

Em caso de falha do tratamento conservador está indicado o tratamento cirúrgico, que consiste na abertura da polia A1 com tenólise dos flexores, que pode ser realizada  através de diferentes incisões cirúrgicas.

Caso se identifique com os sintomas descritos, procure um cirurgião de mão, devidamente registrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, em sua cidade.

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Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Dedo em Martelo

Dedo em Martelo

O que é?

O dedo martelo é uma deformidade em flexão da interfalangeana distal do dedo resultante da flexão súbita do dedo.

​Esse trauma pode provocar lesão no tendão do extensor do dedo ou fratura da falange distal.

Sinais e Sintomas:


Clinicamente se apresenta com flexão da interfalangeana distal.

O diagóstico é clínico e confirmado por uma radiografia simples do dedo.

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Tratamento:


O tratamento conservador é indicado quando a flexão é menor do que 30 º e/ou não há fratura com subluxação da falange distal e é feito através da imobilização do dedo com talas metálicas.

​O tratamento cirúrgico é feito por fixação cirúrgica com pinos percutâneos, fios de tensão, parafusos e modificações desses métodos.

Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Tenossinovite Estenosante de DeQuervain

Tenossinovite Estenosante de DeQuervain

O que é?

Em 1895, Fritz De Quervain publicou um artigo em que relatava a patologia que hoje denominamos tenossinovite estenosante de De Quervain, que, nada mais é, que uma tenossinovite do primeiro compartimento  extensor do punho.

A tenossinovite de De Quervain é semelhante ao dedo em gatilho, quando há incompatibilidade de volume entre os tendões e o túnel.

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Sinais e Sintomas:


O paciente  tem dor na face radial do punho, agravada por movimentos do polegar, ou desvio do punho, podendo estar associado a inchaço e nódulo em região dorsal e lateral do punho.

É mais frequente em mulheres, geralmente entre a quinta e a sexta década de vida, porém é também muito freqüente em mulheres mais jovens, no período gestacional ou de amamentação. Nestes casos, a doença tem um curso autolimitado de resolução.

O diagnóstico desta doença é clínico, com um exame físico meticuloso, porém exames de imagem podem ser indicados para confirmação da doença ou seus diagnósticos diferenciais.

Tratamento:


Assim como no dedo em gatilho, o tratamento da tenossinovite estenosante de De Quervain envolve medidas conservadoras e cirúrgicas.

Conservadoramente, o tratamento pode ser realizado com uso de anti-inflamatórios não hormonais, imobilizações e infiltrações com solução de corticóide.


Os pacientes que não apresentam resultados satisfatórios com tratamento conservador são submetidos a tratamento cirúrgico que consiste em abrir o primeiro compartimento extensor do punho e realizar a liberação dos tendões do abdutor longo do polegar e do extensor curto do polegar, inclusive com suas septações.

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Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Rizartrose

Rizartrose

O que é?

A rizartrose é um problema comum que pode afetar qualquer pessoa, no entanto é mais freqüente em mulheres de meia-idade.

​​Trata-se do desgaste da articulação entre os ossos trapézio e primeiro metacarpo na base do polegar.

Ainda não se sabe a causa, mas provavelmente está associada a vários fatores, como sexo, idade, história familiar e atividades desenvolvidas pelo paciente.

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Sinais e Sintomas:


O paciente apresenta dor na base do polegar que piora com movimentos ativos e pela palpação e, em algumas ocasiões, é associada com crepitação.

O diagnóstico é confirmado por uma radiografia simples do polegar.

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Tratamento:


O tratamento depende dos sintomas.  Muitas vezes, apesar de importantes sinais radiográficos de destruição articular, as queixas dolorosas são pouco intensas. Estes casos podem ser tratados conservadoramente.

O tratamento inicial consiste em imobilização temporária, utilização de órtese associada a AINH, visando aliviar a sinovite e a dor.

Eventuais infiltrações de esteróides podem ser realizadas com bons resultados.

Os casos com quadros clínico e radiográfico bem definidos, rebeldes ao tratamento conservador e que apresentam incapacidade funcional, são tratados cirurgicamente. 

Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Lesão Traumática do Plexo Braquial

Lesão Traumática do Plexo Braquial

O que é?

O plexo braquial  é formado por  um conjunto de raízes nervosas que se originam na região cervical e são responsáveis pela inervação sensitiva e motora dos membros superiores.


​A lesão do Plexo Braquial (PB) é mais frequentemente provocada por um mecanismo de tração durante o trauma agudo, principalmente decorrentes de acidentes de motocicleta. Pode variar desde um estiramento, a uma ruptura ou avulsão. Também pode haver lesão por quedas, sustentação de carga pesada nos ombros, agressões por objetos cortantes e armas de fogo, podendo ocorrer juntamente com fratura de clavícula.


​As lesões do PB são mais freqüentes em homens, adultos jóvens.

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Sinais e Sintomas:


Clinicamente pode se presentar por uma lesão completa ou parcial.


Os sinais e sintomas da lesão do PB dependerão do local, tipo e gravidade da mesma. Lesão do tronco superior, pode acarretar dificuldades para movimentar a região do ombro; quando o tronco médio é afetado, pode haver dificuldade de movimentos do cotovelo; o comprometimento do tronco inferior, pode dificultar o movimento da mão.

 

Quando ocorre lesão dos três troncos, pode haver paralisia total do membro superior. Além de fraqueza muscular, a lesão do PB pode acarretar alterações de sensibilidade, dor, atrofias e encurtamentos musculares, rigidez nas articulações e deformidades musculoesqueléticas no membro superior afetado. Portanto o paciente deve ser minuciosamente examinado a fim de identificar o padrão de sua lesão.


​O diagnóstico é feito através da história e do exame fisico e exames como eletroneuromiografia dos membros superiores e Ressonância Nuclear Magnética do Plexo Braquial.

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Tratamento:


O tratamento é individualizado para cada paciente e o padrão de sua lesão.


​De modo geral, indicamos cirurgia para aqueles pacientes que não recuperam a flexão do cotovelo até o terceiro mês da lesão. Entre as técnicas de tratamento cirúrgico podemos citar microneurolise, microneurorrafia com ou sem enxerto de nervo e transferências nervosas.

Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

Paralisia Braquial Obstétrica

Paralisia Braquial Obstétrica

O que é?

A paralisia braquial obstétrica (PBO) é perda parcial ou total dos movimentos de um dos membros superiores e deve-se à lesão dos nervos que compõem o plexo braquial, por um mecanismo de estiramento durante o parto.


A PBO ocorre com maior frequência nos partos normais, e a lesão dos nervos pode ocorrer tanto na apresentação cefálica como pélvica, mas a maioria ocorre na cefálica.

Sinais e Sintomas:


A criança com PBO apresenta um quadro clínico muito variável, podendo haver paralisia do ombro, cotovelo, mão e punho em diferentes combinações.

Com o decorrer do tempo, corre a recuperação dos movimentos de diversos grupos musculares, além da adaptação de outros grupos,  determinando uma evolução característica.

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Tratamento:


O tratamento inicial é conservador e atualmente, recomenda-se, imobilização na primeira semana e a seguir, inicia-se a mobilização ativa e passiva de todas as articulações, estimulando os movimentos que correspondem aos músculos que estão afetados.

O tratamento cirurgico está indicado caso não houver recuperação da flexão do cotovelo nos 3 primeiros meses. Entre as modalidades de tratamento se destacam a micorneurólise do plexo braquial, microneurorrafia com enxerto de nervo e as transferências nervosas.

Bibliografia:

Pardini, Cirurgia da Mão - Lesões Não Traumáticas, 2ªedição, 2008.
Green's Operative Hand Surgery, 6th ed.

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